O novo visual do Coisa em Quarteto Fantástico: Primeiro Passos está dando o que falar entre os fãs de quadrinhos. A barba de rocha de Ben Grimm, totalmente inédita em adaptações live-action, remete a uma trama obscura e pouco explorada dos quadrinhos da Marvel: a quase imortalidade do personagem. Com Ebon Moss-Bachrach no papel, o Quarteto Fantástico promete uma abordagem mais fiel aos quadrinhos e um mergulho profundo em um aspecto tragicamente subutilizado da história do personagem.
Uma Barba com História: Referência Direta aos Quadrinhos
O trailer de Quarteto Fantástico: Primeiro Passos revelou um Ben Grimm surpreendente. Além de sua aparência robusta e icônica, o personagem ostenta uma imponente barba de rocha, algo nunca antes visto nas adaptações para o cinema.
Essa característica, longe de ser um mero detalhe estético, é uma clara referência à edição #603 da saga do Quarteto Fantástico, publicada em 2012. Nessa edição, o destino do Coisa é posto à prova, lançando luz sobre uma de suas habilidades menos conhecidas: sua longevidade quase ilimitada.
A cena em que o Tocha Humana carrega o Coisa em voo, com a imponente barba de rocha em destaque, causou alvoroço entre os fãs.
A imagem se torna ainda mais significativa à medida que entendemos seu contexto dentro da narrativa dos quadrinhos. É uma prévia visual do que os roteiristas pretendem explorar na nova versão cinematográfica, abrindo um leque de possibilidades narrativas ricas em drama e emoção. Essa escolha estilística aponta para uma adaptação mais fiel e detalhista, um prenúncio de que a Marvel pretende explorar a fundo a mitologia do personagem.
A Tragédia da Longevidade: Um Poder Quase Invisível
A edição #603 da saga do Quarteto Fantástico, crucial para compreender a contextualização dessa barba rochosa, mostra Reed Richards viajando no tempo para verificar o destino de Ben Grimm após um ataque de um Celestial. Ao chegar em 5012, Richards encontra o Coisa vivendo solitário, séculos após a morte dos demais membros do Quarteto. É aí que vemos o personagem com a sua característica barba de rocha, simbolizando a passagem do tempo e a sua extraordinária longevidade.
Essa jornada temporal revela um segredo obscuro do Coisa: ele envelhece apenas durante o período de uma semana por ano, quando consegue momentaneamente reverter sua forma rochosa. Franklin e Valeria, filhos de Reed Richards e Sue Storm, criaram uma fórmula que possibilitou esse feito. É um poder trágico, pois enquanto garante uma existência prolongada, o condena a uma solidão imensa, testemunha do desaparecimento de seus amigos e entes queridos. Essa característica, quase ignorada em adaptações anteriores, poderá finalmente ser explorada em Quarteto Fantástico: Primeiro Passos, abrindo novas perspectivas para o personagem.
Uma Nova Era para o Coisa no MCU
As versões anteriores do Coisa em live-action simplificaram e, em certa medida, banalizaram seus poderes. Quarteto Fantástico: Primeiro Passos promete corrigir essa injustiça, oferecendo uma representação mais completa e respeitosa ao personagem dos quadrinhos. A inclusão da barba de rocha é apenas uma demonstração dessa nova abordagem, sinalizando uma maior fidelidade à obra original e a intenção de explorar nuances importantes da personalidade e da história de Ben Grimm.
Com Ebon Moss-Bachrach interpretando o Coisa, ao lado de um elenco de peso que inclui Pedro Pascal, Vanessa Kirby e Joseph Quinn, as expectativas são altíssimas. A confirmação da participação do personagem em Vingadores: Dia do Juízo, em 2026, e em Vingadores: Guerras Secretas, garante sua presença no MCU por um bom tempo, abrindo portas para um desenvolvimento consistente e aprofundado de sua história, incluindo, finalmente, a exploração de sua quase imortalidade e o peso dessa condição.
Conclusão: Um Coisa Renovado e Mais Humano
A barba de rocha do Coisa em Quarteto Fantástico: Primeiro Passos não é apenas um detalhe estético. É um símbolo potente, um prenúncio de uma abordagem mais profunda e respeitosa ao personagem, explorando aspectos de sua história que antes foram ignorados. A Marvel parece finalmente entender o potencial dramático inerente à quase imortalidade do Coisa, prometendo uma jornada emocionante e, talvez, melancólica para um dos heróis mais icônicos da editora. A expectativa pela estreia do filme é imensa, e a promessa de um Coisa mais humano, mais complexo e mais próximo dos quadrinhos, torna a espera ainda mais instigante. Será que veremos o peso da solidão milenar refletido nos olhos de Moss-Bachrach? A resposta, só no cinema.
