A ideia de um Superman negro sempre gerou debates acalorados entre fãs e executivos. Por anos, especulações sobre um filme com um protagonista negro persistiram, com nomes como Michael B. Jordan ligado a um projeto na HBO Max e o escritor Ta-Nehisi Coates envolvido em um longa-metragem produzido por J.J. Abrams.

### Um Superman dos anos 30 em meio ao racismo americano
Com Henry Cavill afastado do papel após recusar o retorno em Shazam!, cogitou-se uma narrativa ambientada na década de 1930, mostrando um Kal-El negro buscando seu lugar em uma América mergulhada no racismo. A premissa parecia promissora, mas não agradou a David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery.
### Zaslav e a polêmica decisão: “muito woke”?
Após cancelar Batgirl em fase avançada de produção, Zaslav ganhou a reputação de implacável. Segundo o Wall Street Journal, ele decidiu cancelar o filme do Superman de Coates e Abrams por considerá-lo “muito woke”. O termo, frequentemente usado (e muitas vezes erroneamente) para desqualificar projetos que não se encaixam em um padrão tradicionalmente branco e masculino, gerou controvérsia.
### Tentativas frustradas e o futuro do DCU
A reportagem revela outras tentativas frustradas de resgatar a franquia DC. Conversas com Dwayne “The Rock” Johnson para reformular a marca fracassaram após a bilheteria decepcionante de Adão Negro, frustrando os planos do ator de construir um universo DC ao seu redor. Ainda mais no passado, após o fracasso de Liga da Justiça em 2017, a Warner Bros. chegou a contatar Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, sem sucesso.
### Michael B. Jordan e a busca pela autenticidade
Michael B. Jordan, em declarações anteriores, ressaltou a importância da autenticidade em qualquer projeto envolvendo Superman. Ele demonstrou consciência da reação dos fãs a mudanças no personagem, mas enfatizou seu compromisso com uma abordagem fiel e respeitosa.
### O poder de veto de Zaslav e o futuro do DCU
Embora os DC Studios operem de forma independente, a influência de Zaslav sobre projetos considerados “muito woke” gera preocupações sobre o rumo criativo da franquia. A decisão em relação ao filme do Superman negro levanta questionamentos sobre a liberdade criativa e a representatividade na indústria cinematográfica. O futuro do DCU parece ainda mais incerto após esse episódio. A decisão deixa claro que a busca por um equilíbrio entre inovação e apelo comercial continua sendo um desafio crucial para a Warner.