Os filmes do Superman têm uma trajetória fascinante e por vezes turbulenta em Hollywood. Desde que se tornou um dos primeiros super-heróis a ganhar uma produção de grande orçamento, o Homem de Aço estrelou 11 filmes live-action, ou 12 se considerarmos a versão de Zack Snyder de “Liga da Justiça” como um projeto à parte. Embora seja um dos personagens de quadrinhos mais amados de todos os tempos, sua jornada cinematográfica é marcada tanto por obras-primas quanto por produções que figuram entre os piores filmes de super-heróis já feitos.
No entanto, o Superman sempre prevaleceu, demonstrando que o público anseia por vê-lo retratado da maneira certa nas telonas. Com essa premissa em mente, decidimos classificar todos os filmes solo do Superman, do pior ao melhor. Importante ressaltar que esta lista exclui aparições menores, como em “Adão Negro” ou “The Flash”, e também suas participações em filmes da Liga da Justiça, que são produções de equipe e não focadas exclusivamente nele.
Abrindo nossa contagem regressiva, no oitavo lugar, temos o tristemente célebre “Superman IV: Em Busca da Paz”. Considerado por muitos o pior filme do herói, esta obra é entediante, carece da direção inspirada de um Richard Donner e é, em suma, uma bagunça completa. Pouco se salva nesta produção, que azedou a imagem do Superman junto ao público por um bom tempo.
Embora fatores externos tenham contribuído para o desastre de “Superman IV”, a sensação é de que todos os envolvidos já estavam exaustos do projeto. A ideia de ter o herói no centro do desarmamento nuclear tinha potencial, mas a execução foi falha. O mais frustrante é que este foi o último filme de Christopher Reeve como Superman, um ator talentoso que merecia uma despedida muito melhor, mesmo que não fosse intencional.
Logo acima, em sétimo lugar, está “Superman III”. É desconcertante que o filme traga um empresário maligno como vilão principal, mas não seja Lex Luthor. Após os dois primeiros sucessos, a franquia deveria ter escalado para vilões maiores, como o Brainiac, inicialmente planejado.
Contudo, dramas nos bastidores e a recusa de Gene Hackman em reprisar Lex, além da ausência de Richard Donner, resultaram em um filme que parece ter sido feito por razões financeiras, e não por uma história que merecesse ser contada. Chegando ao sexto lugar, “Superman: O Retorno” foi uma tentativa sincera de dar continuidade à era Christopher Reeve, mas infelizmente, acaba sendo um tanto enfadonho. A estética do filme, que evoca os quadrinhos da Era de Ouro, é louvável, mas apenas a beleza visual não sustenta uma trama.
Mais uma vez, uma premissa interessante – o retorno do Superman a um mundo onde Lois Lane seguiu em frente – é minada por uma execução fraca e a falta de química entre Brandon Routh e Kate Bosworth, comprometendo o drama potencial. Ação também é escassa, com poucas cenas impactantes. O plano de Lex Luthor de criar uma ilha de Kryptonita é pouco inspirador.
Muitos elementos para um filme superior estavam ali, mas o roteiro subdesenvolvido e a escolha de alguns atores comprometeram o resultado final. Em quinto lugar, temos o clássico “Superman” de 1978. Este filme pavimentou o caminho para todo o gênero de super-heróis, oferecendo uma performance monumental de Christopher Reeve, que soube diferenciar Clark Kent do Superman com maestria.
É um marco para o personagem, mas, reconhecidamente, envelheceu um pouco. Algumas escolhas narrativas são estranhas, e os efeitos especiais, claro, são de uma era muito diferente da cinematografia. É um clássico inegável, mas para as novas gerações, talvez não proporcione a mesma sensação de “um homem pode voar” que encantou o público nas décadas de 70 e 80.
Subindo para o quarto lugar, “Batman vs Superman: A Origem da Justiça” é um filme que gera fascínio contínuo. Embora bastante criticado, ele não é chato e apresenta ideias instigantes. Colocar dois dos maiores heróis da DC em um conflito de fé, usando essa crise para transformá-los nos ícones heroicos que conhecemos, é uma abordagem envolvente.
Mesmo que se questione a letalidade do Batman ou o temperamento mais sombrio do Superman, o filme merece reconhecimento por tentar algo diferente. Além disso, é extremamente bem filmado, as cenas de ação são empolgantes e nos presenteou com a tremenda estreia de Ben Affleck como Batman. Uma das poucas ressalvas é que, talvez, eles não devessem ter matado o Superman tão cedo na trama.