O aguardado Superman DCU alçou voo rumo ao topo das bilheterias em seu fim de semana de estreia, gerando inúmeras perguntas sobre o futuro da franquia do Universo DC. James Gunn e a DC Studios apostaram alto com este filme, situando-o em um mundo onde meta-humanos — indivíduos com superpoderes — existem há séculos. O próprio Superman já acumula anos de experiência como o herói mais poderoso do planeta, mas está longe de ser o único.
O longa-metragem deixa claro que o DCU possui heróis operando sob patrocínio corporativo (como a Gangue da Justiça), alguns em parceria com o governo dos EUA (PlanetWatch), com certas “anomalias” infelizes no meio (Metamorfo), e um claro indício de que um certo herói prefere agir por conta própria: o Batman. Entretanto, fãs do DC Comics com olhos de águia notaram um claro ‘Easter Egg’ em Superman DCU que confirma: Metrópolis e Gotham City são, de fato, cidades vizinhas. Combinado com as mensagens crípticas de James Gunn sobre os planos para uma sequência de Superman, torna-se cada vez mais evidente que um filme World’s Finest DCU, unindo Superman e Batman, está no futuro próximo do DCU.
Durante o clímax do terceiro ato de Superman DCU, quando Lex Luthor abre um portal dimensional ameaçando Metrópolis, uma cena crucial mostra o tráfego de saída da cidade, com uma saída da autoestrada claramente sinalizada para Gotham City, lar do Batman. Este detalhe serve como a pista mais forte até agora sobre a presença iminente do Cavaleiro das Trevas. Apesar do sucesso, não espere ansiosamente por um ‘Superman 2’ direto. 
Em uma entrevista à EW durante a divulgação de Superman DCU, James Gunn foi evasivo ao abordar se a próxima aparição de David Corenswet no papel seria em uma sequência direta. Segundo Gunn, “…É uma sequência direta de Superman. Eu não diria necessariamente.
” Existem poucas ramificações que o DCU poderia tomar com o próximo filme de Corenswet como Superman, além de breves participações em outros projetos do DCU. As duas principais escolhas seriam algum tipo de evento crossover (como World’s Finest DCU) ou um filme maior de equipe (como Liga da Justiça). A primeira opção parece o caminho óbvio de menor resistência para um grande sucesso de bilheteria, com o único grande obstáculo sendo superar o fato de que a franquia anterior da DC seguiu um caminho similar e ainda infame.
Um filme World’s Finest DCU não seria outro ‘Batman vs. Superman’. ‘Batman vs.
Superman: A Origem da Justiça’ provavelmente permanecerá como o filme mais divisivo da DC já feito — e um dos de maior bilheteria. No entanto, a abordagem literária profunda de Zack Snyder aos personagens de Superman e Batman e seu significado mitológico não representa em nada o que geralmente acontece quando Batman e Superman se juntam. É preciso deixar claro: ter versões de Superman e Batman que estão se unindo anos após o início de suas respectivas carreiras é muito diferente da experiência que Snyder criou em seu filme.
Os quadrinhos da DC possuem uma longa história de arcos de parceria entre Batman e Superman, que evoluíram para séries completas de ‘World’s Finest’ e/ou ‘Batman/Superman’, apresentando ambos os heróis trabalhando juntos e tendo que navegar por tensões amigáveis e diferenças filosóficas mais profundas sobre crime e heroísmo. O Superman DCU de Gunn tem sido comparado à ‘Superman: A Série Animada’ transposta para o live-action; aquela série animada teve seu próprio (e amado) evento crossover ‘World’s Finest’ com ‘Batman: A Série Animada’ em 1997, que para muitos fãs continua sendo o modelo de como fazer um crossover corretamente. Neste caso específico, um filme World’s Finest DCU permitiria a Gunn e sua equipe alcançar vários objetivos de uma só vez.
Primeiro, o filme recolocaria o Superman de Corenswet em destaque; agora que conhecemos a interpretação bondosa e um tanto ‘desajeitada’ do Homem de Aço pelo ator, podemos ver como essa persona interage com a do Batman, que é sempre o principal atrativo de sua parceria. Em segundo lugar, a união seria uma introdução inteligente e ‘pelos bastidores’ ao Batman do DCU e ao ator que o interpreta. Isso agilizaria o processo de apresentação, pulando a origem e os elementos de construção de mundo, permitindo que os fãs ‘conheçam’ o Batman do DCU (suas semelhanças e diferenças em relação a versões anteriores) por meio da forma mais íntima de conversas e batalhas ao lado de Superman, bem como as interações de Bruce Wayne com Clark Kent e Lois Lane — e as interações de Clark com Alfred, Robin, ou outros membros da Bat-Família que encontrarmos.
Além disso, ‘World’s Finest’ seria um meio para o DCU expandir rapidamente seu universo, mostrando-nos mais de Metrópolis, como é a Gotham City do DCU, além de quaisquer elementos mais fantásticos da mitologia que Batman e Superman frequentemente compartilham (como o quartel-general da Liga da Justiça, por exemplo). Esta estratégia maximizaria o impacto de Superman enquanto pavimenta o caminho para a introdução completa de Batman, garantindo uma base sólida para as futuras narrativas do novo Universo DC.
